segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Quão grandes coisas o Senhor tem feito!
Eu mantenho um diário e eventualmente falo com Deus escrevendo em suas páginas. Não há uma obrigação de escrita, só o abro quando quero falar diretamente ao coração do Pai.
E hoje vivo um destes momentos. Mas ao invés de escrever em um caderno eu decidi escrever aqui, onde pessoas do mundo inteiro poderão ler. Tomei a decisão de compartilhar o poder da oração.
Algo tremendo está acontecendo em minha vida, algo que só pode vir do coração de Deus.
Há um renovo, um sonho novo, uma reconstrução...
2013 já está fechando os olhos mas eu preciso olhar pra trás e ver a restituição do Senhor em minha vida no decorrer deste ano.
Em meu trabalho tudo vai muito bem. Aliás, bem demais. O Senhor derramou bençãos sem medida, mais do que eu poderia imaginar. O celeiro outrora vazio, estivera cheio e nos momentos em que eu temi que algo faltaria houve um grande derramamento por parte do Senhor e eles transbordaram a ponto de sobrar.
Este ano o Senhor me levou a lugares novos, experiências únicas e viagens espetaculares! Aliás, viajar foi uma das coisas que o Senhor mais me permitiu durante o segundo semestre. Eu passei mais tempo fora de casa do que trabalhando - e os celeiros derramaram!!! Vejo uma super devolução do que o gafanhoto levou...
Os rompimentos e desligamentos aconteceram, houve quebra em relações "doentias" que nada acrescentavam em minha vida.
O Senhor me levou por lugares altos e me transformou em uma pessoa forte; com os joelhos no chão.
O choro foi substituído por riso e o meu coração se encheu da mais profunda alegria ao receber novamente o amor.
Eu que há meses chorava e me queixava (com Deus) de solidão agora tenho risos leves e um varão que me apóia e traz segurança. Há vida! Há Esperança! E quem mais poderia ser a minha Esperança? Somente meu Pai.
Aprendi que Deus prefere me usar naquilo que eu vivi e eu decidi ser usada...
O novo ano vem chegando e eu vejo a possibilidade de mais um sonho se realizar...
Que 2014 seja para você um ano de restituição assim como eu vejo o meu ano de 2013.
Que a benção e a unção derramadas em minha vida sejam compartilhadas por você que lê este texto.
Que você deseje o derramar de Deus como eu desejei...
Feliz 2014!
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
“A Mulher Piedosa: Tornado-se Ester” por Charo e Paul Washer
*Esse artigo foi publicado originalmente no Heart Cry. Traduzido por Alan Cristie e postado em português no site Voltemos ao Evangelho. Republicado aqui mediante autorização do Voltemos ao Evangelho.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Última publicação em 29/12/2012
Muito tempo se passou desde a última postagem.
Tanta coisa aconteceu...
Me divorciei com a "nova" lei do divórcio, a EC 66/10. Se estivesse na faculdade certamente minha monografia destacaria a importância desta lei. No meu caso, o meu agressor já estava de malas prontas para fugir da cidade e se refugiar para as bandas de Roraima/Manaus. O Termo Circunstanciado de Ocorrência feito na Delegacia da Mulher no dia seguinte e o Exame de Corpo de Delito foram minha carta de alforria. Liguei para seu melhor amigo na época e ameacei representá-lo caso ele viajasse e me deixasse aqui casada com ele.
Naquele tempo, toda a lei Maria da Penha era Pública Condicionada - a agredida tinha o direito de representar ou não o TCO e muitas deixavam de fazê-lo por ameaças ou mesmo por amor - o que permitia que muitos machões entre quatro paredes ficassem impunes. Hoje, a Lei foi mudada e é Pública Incondicionada (uma grande vitória) e funciona como furto: Assim que a polícia é notificada sobre o crime ela já inicia as investigações e busca o meliante aonde ele estiver. Daí em diante são seguidos todos os trâmites normais e não tem como o "machão" ficar impune.
Temendo ser preso, tratou de mandar um recadinho via amigo se propondo assinar o divórcio no local e na hora estabelecidos por mim (o jogo começava a virar). E assim, naquele dia de glória e libertação eu vi a mão de Deus me retirando daquele covil intitulado "família".
Eu precisei morar fora por longos 7 meses pois não sabíamos o que movia o meu ex marido. Neste tempo fui acolhida por amigos que me ofereceram emprego e amizade em uma cidade grande, desconhecida e distante. O plano era não voltar mais mas eu sempre tive uma tendência à depressão e foi ficando cada vez mais complicado e desesperador morar longe de meus pais e de meus animais (filhos). Descobri o que realmente é importante...
Anoiteci e não amanheci naquela cidade...
Hoje, alguns anos depois, posso refletir em alguns pontos e ver que eu NUNCA tive absolutamente nada em comum com aquele homem, com aquele sistema familiar, com aquele povo. Somos, em muitos aspectos, de mundos bem diferentes. JAMAIS me encaixaria ali.
A lição tirada disso tudo?
Aproxime-se dos iguais, procure pessoas de linhagem, caráter e condições semelhantes às suas. Não há fórmula mágica para dar certo com as pessoas mas precisamos QUERER ver o verdadeiro caráter das pessoas. Eu conhecia o caráter do meu ex marido desde antes de namorarmos, quando ainda estudávamos juntos. Costumo dizer que eu vi toda a deformidade de seu caráter, mas ESCOLHI não enxergar nada!
Hoje está tudo melhor do que antes. Sou uma empresária bem sucedida, conhecida no meu ramo, conceituada.
Com todo o contexto que eu vivi no casamento, dificilmente eu teria paz para trabalhar...
O Senhor colocou Sua poderosa mão sobre a minha vida e tem me feito prosperar em todas as áreas que eu posso imaginar!
terça-feira, 22 de março de 2011
FUI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A violência doméstica é algo tão absurdo que invade lares onde JAMAIS se imaginava ser possível tal acontecimento. Acomete todas as classes sociais, sem distinção. Nos últimos tempos, após a Lei Maria da Penha, a televisão tem dado maior ênfase a alguns casos que podem lhes render uma audiência a mais, o que não alcança metade das incidências.
Durante minha vida eu ouvia dizer, contar, relatar, mas a situação mais próxima que eu vivi de tal fato foi quando namorado de uma prima a agrediu, segurando-a por entre as pernas e batendo sua cabeça ao chão. A brutalidade foi tão grande que ela precisou se submeter a uma tomografia craniana pois havia suspeita de lesão cerebral. Ele ainda lhe enfrentou com uma faca e ela, ao tentar se defender, cortou um dos dedos da mão. O que lhe rendeu alguns pontos...
Naquela época, provavelmente, a notável senhora Maria da Penha ainda vivia com seu agressor pois a lei ainda não existia. Me lembro bem da tarde que passei na delegacia acompanhando minha prima, esperando ser atendida... Foi penoso! Foram mais de 4 horas de espera para no final minha prima ser convencida pelo namorado a retirar a queixa-crime.
Mais de 10 anos depois eu fui agredida pelo meu marido. Havia completado um ano de casada, estava cheia de sonhos e planos para o futuro... Sentia saudades do tempo em que cursávamos juntos o curso de Direito e durante as tardes, enquanto não tínhamos aula, íamos para o clube... Era um namoro bom, invejado na faculdade, o sonho de muitas pessoas. Planejava ter um bebê, já nem me prevenia mais.
Mas o sonho tinha um preço caro: custaria a minha vida!
Com quatro meses de casados meu agressor me abandonou. A princípio eu senti muita raiva, mas depois Deus foi transformando a minha vida e eu COMECEI a compreender o significado do casamento para Ele. Deus trouxe meu marido de volta pra casa – e ele veio com suas próprias pernas! Até chorou, acredita?
Eu só podia AGRADECER!
Eu estava vivendo os sonhos de Deus para minha vida!
Mas havia uma guerra travada – uma guerra que eu não conhecia, e ainda conheço muito pouco.
Meu marido saía de casa normal e voltava agressivo. O que acontecia enquanto ele estava fora? Não sei...
Minha sogra me mandou lavar e passar as roupas dele – como se a diarista de minha mãe já não o fizesse por pelo menos 1 ano antes de nos casarmos... Posteriormente, enquanto ele viajava, ela gritou comigo ao telefone pois queria o carro dele. Fechou com chave de ouro quando me perguntou se meu carro novo (ganhado de minha mãe no natal) estava em meu nome...
Enquanto eu dizia: Sim, Pai, eu quero viver o que o Senhor tem pra mim.
Meu agressor dizia: Não, Pai, eu nem sei o que estou fazendo aqui, eu não quero esta MERDA de vida pra mim.
Até chegar o dia em que ele se ofendeu pois eu sugeri que passássemos um dia inteiro juntos – achou que eu estava controlando sua vida (que também era minha); ou... “frustrando seus planos”? Neste dia eu lhe deixei um bilhete (o qual ainda guardo comigo) pedindo para me tratar melhor. E isso o ofendeu muito! Começou a brigar, fazer chantagens, pressionar, ameaçar, ofender... Após um bom tempo sendo agredida verbalmente, eu decidi mandá-lo embora. Foi então que ele passou a me agredir fisicamente.
A violência doméstica é algo tão surreal que você não espera pelo ato e não acredita no que está acontecendo. Parece que há um véu entre você (agredida) e a realidade. Por mais de 10 minutos eu fiquei como um boneco nas mãos do meu agressor e a primeira reação que tive foi olhar em seus olhos e dizer: “Eu te amo, pára com isso!”. Surpreendentemente eu ouvi: “É exatamente porque eu te amo que EU VOU TE MATAR!”.
Na minha cabeça, eu achava que ao ouvir eu lhe dizer que o amava ele pararia de me agredir, me daria um abraço e ficaria tudo bem. Foi neste momento que ele tentou me matar por sufocamento. Eu senti meu espírito saindo do meu corpo. Tive a certeza de que morreria ali. Quando ele me soltou eu nem corri para a rua. Estava completamente sem reação...
Ouvi quando ele mexeu nas gavetas de facas, ainda guardo em minha memória o som dele escolhendo a maior delas para me matar. Mas eu NUNCA imaginei que ele PENSARIA em tal coisa. Foi quando ele gritou: “Ligue para a polícia vir buscar os corpos pois eu estou te matando e vou me matar depois”.
Neste momento, eu corri pra rua...
Mas ele não parou. Com a faca empunhada ele correu e só parou quando eu gritei por minha vizinha e ele temeu ser preso em flagrante já que estávamos na casa de meus pais, que moram em um condomínio de luxo e possui ronda 24h.
Hoje, eu estou aqui pois não estava em meu apartamento. Se estivesse, não lhes contaria esta história, teria estampado as capas de jornais por algum tempo como uma menina de classe média alta que fora encontrada morta 3 ou 4 dias depois já que era férias e meus pais estava viajando e a diarista de folga.
Esta história tem muito mais detalhes que eu lhes conto depois!
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
AMOR SEM COMPROMISSO NÃO É AMOR
Quero deixar perfeitamente claro: não existe amor sem compromisso. A medida do seu amor está na profundidade de seu compromisso. Tenho ouvido frequentemente as pessoas dizerem: “Eu amava, mas fui magoado”. Ou: “Eu estava comprometido com o serviço cristão, mas eles me usaram”. As pessoas se afastam do compromisso sem entender que seu amor está se esfriando! Pode não parecer que elas ficaram frias – ainda vão à igreja, lêem a Bíblia, dão o dízimo e aparentam ser cristãs –, mas por dentro estão distantes e indiferentes com as outras. Elas se afastaram do amor de Deus.
Jesus disse: “É inevitável que tais coisas [pedras de tropeço] aconteçam” (Mt 18:7). Nesta jornada haverá ocasiões em que até as pessoas boas terão dias maus. Enquanto você viver na terra, nunca haverá um momento sem “pedras de tropeço” em seu caminho. As pessoas não tropeçam em penedos, mas em pedras, pequenas coisas. Tropeçar é parar de andar e cair. Você tropeçou na fraqueza ou no pecado de alguém ultimamente? Voltou atrás e continuou a amar como fazia antes, ou essa queda o fez desistir de caminhar atrás do amor? Para preservar a qualidade do amor de nosso coração, é preciso perdoar àqueles que nos fizeram tropeçar.
Cada vez que nos recusamos a perdoar ou deixar de fazer vista grossa diante da fraqueza de alguém, não endurecemos o coração somente contra essa pessoa, mas também contra Deus. Não se deve formar opinião negativa sobre alguém (mesmo quando ele merece isso!) e permitir que essa opinião se cristalize em atitude, pois cada vez que se faz isso, um pedaço do coração se esfria para Deus. Pode-se até pensar que está aberto para Deus, mas as escrituras são claras: “…pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4:20). Pode-se não gostar do que alguém fez, mas não se tem o direito de deixar de amá-lo. O amor é a sua única opção.
O que quero dizer por amor? Primeiro, não quero dizer meramente “amor bruto”. Quero dizer amor gentil, com afeto, sensível, aberto, persistente. Deus será duro quando precisar ser, e seremos firmes quando ele nos disser para ser, mas debaixo de nossa firmeza deve haver um rio de amor subterrâneo esperando para jorrar. Por “amor” quero dizer compaixão capacitada pela fé e pela oração para enxergar o melhor de Deus em quem eu amo. Quando tenho amor por alguém, decido que vou permanecer com ele, independentemente do que vier.
Todos nós necessitamos de pessoas comprometidas conosco individualmente, pessoas que sabem que não somos perfeitos, mas nos amam de qualquer maneira. A manifestação do reino de Deus não virá sem o comprometimento das pessoas umas com as outras visando alcançar a plenitude de Deus. Não estamos falando de salvação, estamos falando de crescer na salvação até que amemos e estejamos comprometidos reciprocamente com o amor de Jesus.
Muitos se escandalizarão com pequenas faltas e fraquezas humanas. Essas coisas pequenas são rapidamente transformadas pelo inimigo em grandes problemas. Como são frágeis as desculpas que as pessoas usam para justificar seu afastamento dos outros! Na realidade, esses problemas, em geral com uma igreja ou um pastor, são uma cortina de fumaça que mascara a falta de amor das pessoas.
Precisamos superar nossas dificuldades em relação ao compromisso, porque ninguém alcançará a plenitude dos propósitos de Deus na terra sem estar comprometido com pessoas imperfeitas ao longo do caminho.
“Bem, tão logo encontre uma igreja que tenha as mesmas convicções que eu, eu me comprometerei”. Essa é uma desculpa perigosa, porque se você decide não perdoar, ou se Deus começar a mexer com a qualidade de seu amor, você porá a culpa de seu afastamento em diferenças doutrinárias menores. O reino de Deus não está baseado em meras doutrinas, está fundamentado em relacionamentos – relacionamentos com Deus e com os outros. As doutrinas apenas ajudam a definir esses relacionamentos. Não somos “antidoutrina”, mas somos contra doutrinas vazias, que parecem virtudes, mas são simplesmente desculpas para justificar o esfriamento do amor.