sábado, 29 de maio de 2010

O que é o amor?



Numa sala de aula, onde havia várias crianças, uma delas perguntou à professora:

Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.

E como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelos jardins da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e depois de alguns minutos voltaram à sala.

A professora esperou que todos se sentassem e, quando o silêncio se fez na pequena sala, cobrou a tarefa que lhes havia dado: Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse: Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda falou: Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou: Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram mostrando tudo o que tinham captado lá fora, que pudesse representar o amor.

Terminada a exposição, a professora notou que uma das crianças tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava muito envergonhada, pois nada havia trazido.

Então a professora se aproximou dela e lhe perguntou:

Meu bem, por que você não trouxe nada?

E a criança timidamente respondeu:

Desculpe, professora. Eu vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.

Vi também a borboleta, leve e colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.

Achei um passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.

Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mamãe passarinho ao ver seu filhote de volta, são e salvo.

Como posso mostrar o que trouxe?

A professora agradeceu a todos e, olhando a criança de mãos vazias, disse-lhe:

Você foi a única criança que percebeu que só podemos trazer o amor no coração.

* * *

Se você já consegue perceber as belezas que Deus criou para enfeitar o planeta que nos serve de morada, não queira reter essas maravilhas para si somente, pois isso não é amor, é egoísmo.

Se você admira as flores, deixe-as no lugar em que estão, para que os outros possam sentir também o seu perfume e admirar sua beleza.

Se você se extasia contemplando a leveza dos pássaros a deslizar no ar, não os prenda em gaiolas, para que outras pessoas possam admirá-los também.

Se você aprecia ver os rios de águas cristalinas a correr por entre as pedras, não lhes polua o leito, para que outros olhos possam contemplá-los, igualmente.

Se você gosta de banhar-se nas águas limpas do oceano, não lhes turve a limpidez, para que todos possam usufruir dessa maravilha.

Se você se sente bem respirando ar puro, preserve-o para que todos possam desfrutar desse benefício.

E, por fim, lembre-se: o verdadeiro sentimento de amor só pode ser conduzido no próprio coração.



(Com base em história extraída do livro Histórias para sua criança interior, de Eliane de Araujo, ed. Roca - eu recebi por e-mail.)

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